O
presidente da Câmara de Comércio Brasil Portugal Centro Oeste, Fernando Brites,
defende o potencial desta região, destaca os empreendimentos lusos já
existentes no Centro Oeste brasileiro e aponta alguns caminhos para o futuro.
UnB Agência
A existência de 77 milhões de cabeças de gado,
as culturas do algodão, milho, cana-de-açúcar, soja e sorgo, a abundância de
recursos minerais e madeiras, e setores como o turismo e a indústria são alguns
dos fatores que provam a vitalidade da região, segundo o presidente da Câmara
de Comércio Brasil Portugal - Centro Oeste, que dispõe hoje de sucursais em
Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins.
O mesmo responsável destaca que há já em
implantação "um bom número de empreendimentos portugueses", tais como
uma indústria de confeitos tradicionais portugueses, produção de leitões e
enchidos. Segundo Fernando Brites, está em estudo a produção na região Centro
Oeste de queijos portugueses.
Mas o destaque vai para o projecto Ecosol
Parque Tecnológico, que visa espelhar em Goiás, no município de Luziânia, a 55
quilómetros de Brasília, o parque tecnológico de Moura, na região portuguesa do
Alentejo. O parque contemplará um laboratório de energias renováveis e
indústria de módulos fotovoltaicos, entre outras instalações.
Fernando Brites considera que "as médias
e pequenas empresas portuguesas encontram um ambiente altamente favorável no
Centro Oeste", porque "o Brasil tem um regime fiscal simplificado
para as micro e pequenas empresas" e porque "as prefeituras acolhem
muito bem os médios e pequenos investimentos, facilitando o acesso a incentivos
fiscais".
O presidente da Câmara de Comércio Brasil
Portugal - Centro Oeste não hesita em afirmar que esta é hoje "a melhor
região do Brasil para investimentos". "Já representa 41% da produção
agrícola brasileira. Enquanto o PIB brasileiro cresceu 0,9% em 2012, o Centro
Oeste cresceu 3,3%. Foi o maior crescimento regional brasileiro", destaca.
"Temos uma economia forte, liderada pelo agronegócio e, no Distrito
Federal, pelo poder público", acrescenta.
E o Distrito Federal poderá ser um importante
fator de decisão para as empresas portuguesas. Fernando Brites admite que, por
exemplo, na área das infraestruturas, há espaço para grupos portugueses, mas
estar em Brasília é decisivo.
"O Brasil carece de infraestrutura em
todos os setores. Está investindo muito no setor de transporte ferroviário,
aeroviário, rodoviário, portos etc. Para se habilitar a estas obras, o ideal é
ter a sede em Brasília, onde se realizam as licitações", avalia.
O presidente da Câmara de Comércio Brasil
Portugal - Centro Oeste atribui especial importância à ligação ferroviária que
atravessará o Brasil de Norte a Sul. "Mais importante que a ferrovia
Brasília-Goiânia, é a ferrovia Norte Sul, que vai ligar o Rio Grande do Sul ao
Porto de Itaqui, no Maranhão, passando pelo centro de Goiás", indica
Fernando Brites.
"Esta ferrovia vai encurtar em muito o
transporte de commodities do Centro Oeste para a Europa. Os produtos que hoje
viajam por estrada para o Sul do país, até o porto de Santos em São Paulo ou
Paranaguá no Paraná, para serem embarcados com destino à Europa, dentro de
aproximadamente dois anos serão levados por via férrea até o Porto de Itaqui,
economizando aproximadamente 3.000 quilômetros. Está aí uma grande oportunidade
para Portugal se habilitar a ser a porta de entrada dos produtos portugueses
para a Europa", sugere Fernando Brites.
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ResponderEliminarMarcação Ce Brasil